Você já percebeu como um ambiente de trabalho equilibrado impacta não só a motivação, mas também os resultados financeiros? A partir de 26 de maio de 2025, a Portaria MTE 1.419/2024 revisita a NR-01 para incluir, pela primeira vez, a gestão formal dos riscos psicossociais. Isso quer dizer que toda organização precisará mapear fatores como sobrecarga de tarefas, prazos apertados e desgaste emocional para evitar casos de burnout, absenteísmo e até rotatividade de pessoal elevada

O que muda com a nova NR-01

Com a atualização, empresas de todos os tamanhos devem estruturar um programa de gestão de saúde mental que contemple quatro etapas principais

  1. Mapeamento dos riscos psicossociais relacionados ao dia a dia dos colaboradores
  2. Avaliação da frequência desses riscos e do impacto no absenteísmo e na produtividade
  3. Implantação de ações práticas para reduzir o turnover e prevenir o burnout
  4. Monitoramento contínuo por meio de indicadores claros e relatórios periódicos

Essa obrigação não fica apenas no campo de formulários. É um convite a organizar de fato o cuidado com o bem-estar emocional de cada equipe. Empresas que já adotaram práticas semelhantes relatam queda de até 25 no índice de licenças por saúde mental e redução de 30 no turnover

Indicadores de sucesso

De nada adianta implantar um programa se não houver métricas para avaliar o progresso. Entre os principais indicadores para acompanhar

  • Absenteísmo por causas emocionais registra quantas ausências ocorrem devido a estresse ou esgotamento
  • Taxa de turnover mede a rotatividade de colaboradores e indica se o clima está saudável
  • Incidência de burnout calcula quantos casos de desgaste extremo foram identificados e tratados
  • Satisfação em pesquisas de clima reflete a percepção interna sobre suporte e qualidade de liderança

Ao comparar esses números antes e depois das ações, fica evidente o retorno sobre o investimento. Gestores veem redução de custos com demissões e contratações e melhora na entrega de projetos

Como começar em quatro passos

  1. Conduza uma pesquisa anônima para que o time identifique pontos críticos de estresse
  2. Monte um grupo de trabalho com RH, lideranças e um psicólogo organizacional para validar resultados
  3. Defina metas simples por exemplo, diminuir o absenteísmo em 15 no primeiro trimestre
  4. Planeje ações mensais palestras breves, microsessões de alongamento e campanhas de agradecimento

Esses primeiros passos geram engajamento e garantem que a gestão de saúde mental não fique restrita a um bom desejo, mas evolua para uma prática integrada ao cotidiano

Autoridade no tema

Para estruturar cada etapa com segurança técnica, muitas empresas buscam o apoio de especialistas. A psicóloga Fabíola Gonçalves coordena projetos de saúde mental corporativa há mais de dez anos e recomenda ferramentas validadas como entrevistas qualitativas e questionários padronizados. Sua experiência mostra que a adesão natural das equipes acontece quando os programas são claros e participativos

Conclusão

A nova NR-01 não chega para complicar processos, mas para trazer clareza ao cuidado com as pessoas. Organizações que adotarem a gestão de riscos psicossociais terão equipes menos propensas a burnout, menor absenteísmo e turnover mais controlado.Para estruturar esse processo de forma consistente, vale recorrer a consultorias especializadas em gestão de riscos psicossociais, como as oferecidas pela equipe liderada pela psicóloga Fabíola Gonçalves. Com orientação técnica e ferramentas adequadas, é possível transformar o cuidado com a saúde mental no trabalho em um diferencial sustentável para qualquer organização.